24 de abril de 2024

Dia Mundial do Café: 14 de abril

Origem do Café

Muitos já aprenderam que o café veio da África, da Etiópia para ser mais específico, e que a Europa foi responsável em difundir o consumo da bebida pelo globo. Mas, o que poucos sabem é que um pastor de cabras africano (com a ajudinha de um monge) foi o grande responsável em descobrir seu uso/consumo. De acordo com a Lenda de Kaldi, registrada em manuscritos do Iêmen no ano de 575 d.C, o pastor Kaldi observou que suas cabras ficavam alegres e cheias de energia depois que mastigavam os frutos de coloração amarelo-avermelhada dos arbustos abundantes dos campos. Lenda ou não, registros históricos indicam que foi nesta época que a exploração de diferentes possibilidades de consumo do café começou a se difundir.

Os Etíopes, por exemplo, ingeriam o fruto. Alimentavam-se de sua polpa doce, macerada ou a misturavam em banha nas refeições. Suas folhas também eram mastigadas ou utilizadas no preparo de chá. Produziam também um suco fermentado que se transformava em bebida alcoólica.

Os árabes dominaram rapidamente a técnica de plantio e preparação do café. As plantas foram denominadas Kaweh e sua bebida recebeu o nome de Kahwah ou Cahue, que significa “força” em árabe. Registros históricos de 575 d.C indicam o Iêmen (atual Sudoeste da Ásia) como a primeira região a receber as sementes. Seus habitantes faziam infusão com o café e cerejas fervidas em água, geralmente, para fins medicinais. Naquela altura, monges começavam a utilizar o café como bebida excitante para ajudá-los nas rezas e vigílias noturnas.

O processo de torrefação foi outro passo importante para a popularização do café no mundo, mas só foi desenvolvido no Séc. XIV quando a bebida adquiriu forma e gosto como conhecemos hoje. A etapa seguinte foi a produção comercial no Iêmen. Os pés de café foram cultivados ali desde o séc. XIV em terraços com irrigação facilitada pela água dos poços do local, o que permitiu que a região tivesse o controle sobre a produção em escala comercial. Foi assim que o país manteve o monopólio de sua comercialização por um bom tempo.

Por apresentar sabor agradável e por ser estimulante, o café era o produto da moda digno de receber grandes investimentos. O crescente interesse pela bebida permitiu sua “globalização” e facilitou a intervenção cultural tanto nas formas de consumo quanto nas técnicas de plantio.

A tradição de “tomar um cafezinho” no mundo

O hábito de tomar café como bebida prazerosa em caráter doméstico ou em recintos coletivos se popularizou a partir de 1450. Ele era muito comum entre os filósofos que, ao tomá-lo, permaneciam acordados para a prática de exercícios espirituais. Poucos anos depois, a Turquia foi responsável em difundir o “hábito do café”, transformando-o em ritual de sociabilidade. O país foi palco do primeiro café do mundo – o Kiva Han – por volta de 1475. Desde então, tomar café passou a ser “um rito” que se propagou mundo afora. Em 1574, os cafés do Cairo e de Meca eram locais procurados, sobretudo, por artistas e poetas.

* Informações retiradas do livro: História do Café de Ana Luiza Martins, publicado em 2008.

 


 

Consumo chegou a 21,2 milhões de sacas em 2020 registrando um crescimento de 1,34%

A Associação Brasileira da Indústria de Café – ABIC divulga dados que mostram como o café é importante para a mesa dos brasileiros e, também, para a indústria nacional. Os números de consumo revelam que, apesar da crise econômica, gerada pela pandemia, que afetou diversos setores em 2020, a procura por café seguiu seu ritmo de crescimento: 1,34% de alta em relação ao mesmo período analisado no ano anterior.

Em relação à indústria, a ABIC revela dados de uma pesquisa qualitativa inédita, a primeira realizada em duas décadas no Brasil, que mostra que 82% do setor é compostos por micro e pequenas empresas e a produção industrial se concentra no sudeste (76,6%).

O consumo interno de café no país registrou crescimento em 2020: foram 21,2 milhões de sacas entre novembro de 2019 e outubro de 2020, o que representa uma alta de 1,34% em relação ao período anterior, que considerou dados de novembro de 2018 a outubro de 2019.

Os números coletados pela ABIC revelam ainda que, no ano passado, o Brasil manteve a posição de segundo maior consumidor de café do mundo e dados da ultima pesquisa da realizada pela Euromonitor, em 2019, destacam o Brasil como maior mercado mundial em volume total de café como bebida quente. Quando analisado o consumo per capita, observase que, em 2020, ele foi de 5,99 kg por ano de café cru e 4,79 kg por ano de café torrado. O bom desempenho na mesa do consumidor teve impacto direto na indústria: as empresas associadas à ABIC registraram um crescimento de 2,19% no período.

Atualmente as indústrias associadas respondem por 72,4% d a produção do café torrado (grão e moído) e representa 85,4% de participação (share) no mercado . A ABIC registra em seu banco de dados mais de 3.000 produtos certificados.

 

Micro e pequenas empresas são maioria na indústria do café no Brasil

O estudo qualitativo realizado pela ABIC, e que traz um perfil da indústria produtora de café no Brasil em 2020, mostra que 82% do setor é composto por micro e pequenas empresas. Os números mostram que 70% opera com administração exclusivamente familiar.

Como são pequenos, 80% desses negócios têm até 19 colaboradores e contam com capacidade de produção de até 2000 sacas por mês. Para se ter uma ideia, há 20 anos, os pequenos produtores representavam apenas 33,4% dos industriais.

“É importante entendermos como a nossa indústria está organizada para identificarmos como podemos auxiliar na melhoria do parque industrial e na estruturação desses negócios, consequentemente oferecendo um produto com ainda mais qualidade para o consumidor”, explica Ricardo Silveira, presidente da ABIC.

Os dados de 2020 revelam ainda a terceirização cresceu de 2% para 7%, mas as produções próprias ainda são a maioria em 93% dos pesquisados, e os principais canais de distribuição são Supermercados Regionais , redes médias e Pequenos varejos que representam juntos 57,6% do faturamento.

 

Café torrado e moído segue como produto de maior impacto nos faturamentos

O café torrado e moído continua reinando absoluto com impacto de 81,4% no faturamento das empresas, mas, apesar de estar em segundo lugar, o tipo torrado em grão saltou de 3,4% de participação em 2000 para 15% em 2020. Em relação ao tipo de embalagem para café torrado e moído, a almofada continua liderando, com 80,3%, e a embalagem à vácuo, que representava 40%, caiu para 10,2%.

Outro crescimento impressionante é o da fonte de aquisição de matéria-prima para a produção de café. Em 2000, a compra realizada diretamente do produtor representava apenas 25,4% do total e atualmente representa 71%.

Produção industrial tem concentração no Sudeste

A pesquisa mostra ainda que a produção industrial está bastante concentrada no Sudeste, que detém 76,6% do mercado. Em segundo lugar vem o Nordeste, com 15,4%. Para distribuir o café desenvolvido nas empresas, 62% dos associados usam frota própria.

Com o desenvolvimento do setor industrial no Brasil, a ABIC comemora a conscientização sobre a importância nos cuidados com o produto que é entregue ao consumidor e, também, com o meio ambiente. De acordo com a pesquisa, 34% das empresas já implantaram programas de sustentabilidade nas suas unidades. Já a certificação de produtos de alta qualidade, com o uso dos selos da ABIC, teve alta de 85% nos últimos cinco anos. Atualmente a ABIC certifica mais de 3.000 produtos quanto a pureza, sendo 1.041 produtos com a categoria de qualidade certificada e realiza mais de 5.000 análises para o monitoramento do mercado.

 

Inovação e Tecnologia

A ABIC lançou o aplicativo ABICAFÉ, que permiti que os usuários façam uma rápida consulta no momento da compra justamente para saber se o produto que eles pretendem adquirir é certificado e atende os padrões exigidos de pureza e qualidade. Esta iniciativa reflete uma série de esforços da ABIC para buscar soluções e ferramentas que auxiliem no desenvolvimento do agronegócio café.

Fonte: ABIC

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