28 de março de 2024

ONU e a desigualdade entre homens e mulheres

Segundo os estudos, somos nós, mulheres, que temos a menor chance de chefiar empresas e negócios; entenda este cenário.

 

Em agosto eu escrevi aqui um texto intitulado ‘ONU e nós, mulheres. Entenda essa relação e pontuei quais foram os 12 direitos que a ONU elegeu como os mais importantes às mulheres e meninas, como o direito à vida, à liberdade de pensamento, a liberdade de informação e educação. Esses são apenas 3 de 12.

Nele, eu também escrevi sobre como a ONU Mulheres trabalha a divulgação desses direitos e elenquei os 7 princípios de Empoderamento das Mulheres e nesse ponto cito um em especial, o princípio 2 que é tratar mulheres e homens de forma justa no trabalho, respeitando e apoiando os direitos humanos e a não-discriminação.

Ao finalizar aquele texto prometi que voltaríamos a falar mais sobre esses direitos e princípios e aqui estamos novamente para dessa vez falar um pouco sobre desigualdade de gênero.

Segundo estudos promovidos mundialmente, cerca de 1/3 das mulheres já sofreram algum tipo de violência por parte um parceiro. Chocante né? Mas eu não estou aqui dizendo que esse dado é de um ou outro país. O estudo aponta que o percentual médio é mundial.

Pois é, mais não para por aí. Você sabia que ¾ das vítimas de tráfico são mulheres? Ou então que 2/3 da população analfabeta é mulher composta por mulheres e meninas?

Em maior proporção mulheres e meninas continuam sem acesso aos serviços mais básico de saúde. Difícil acreditar, mas ainda hoje em países de baixa renda a maior causa de morte entre meninas entre 15 a 19 anos decorre do parto ou de problemas no pós-parto.

Se passamos do âmbito pessoal para o político percebemos que apenas 22 % dos cargos parlamentares em todo o mundo são exercidos por mulheres.

E se daí analisarmos o aspecto profissional, damos de cara com muitas desigualdades também. Estudos mostram que mulheres exercendo as mesmas atividades que homens ganham entre 10 a 30% a menos.

Somos nós mulheres que na média dedicamos entre 1 a 3 horas diárias a mais para trabalhos domésticos e que dispomos por dia entre 2 a 10 vezes mais tempo que o homem no cuidado familiar.

Segundo os estudos, somos nós mulheres temos a menor chance de chefiar empresas e negócios. No geral e na média, cargos de liderança são exercidos por homens.

E aqui, olhando para o meu umbigo, e me analisando como profissional, sinto uma profunda dor ao ver que no Brasil mesmo existindo cada vez mais mulheres preparadas ( sim, mais preparadas porque estudamos mais) e percebendo que as empresas vêm adotando práticas para corrigir essas desigualdades, ainda assim somos minoria e que temos um caminho grande até o ponto de equilíbrio.

Idealista como sou desde pequena, mas defensora também da meritocracia, eu me pego frequentemente pensando em como colaborar a diminuir essas diferenças de forma equilibrada, uma vez que não acredito no radicalismo. E sinto que a minha ferramenta é justamente essa, escrevendo, ajudando a mostrar que essas desigualdades acontecem.

Sei que apenas pelo fato de estar escrevendo esse texto, e de falar sobre isso, acabo por despertar o interesse pelo assunto.

Pessoalmente, acredito que temos que desmistificar o tema, tirar a venda dos olhos e pararmos de fingir que isso não existe ali bem perto de nós. Existe sim.

No aspecto profissional várias de nós conseguem ser mais fortes preparadas e capazes e ter mais condições financeiras e acesso à educação, saúde, infraestrutura e enfrentar a caminhada, mas outras não.

E é por isso que acredito em especial, nos programas promovidos nas grandes corporações em conformidade com as ações fundamentadas pelos Princípios de Empoderamento das Mulheres, da ONU Mulheres. Essas corporações dentro da meritocracia aplicam ações para promover a capacitação e engajamento das mulheres.

Que esse compromisso se multiplique em cascata e que possamos caminhar com objetivos bem definidos para diminuir as diferenças e construirmos juntos, homens e mulheres, meninos e meninas, um país melhor, um mundo melhor.

Fonte

Caso você não tenha lido ‘ONU e nós, mulheres. Entenda essa relação, recomendo a leitura. Clique aqui.

 

 

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