6 de maio de 2024

Coronavírus e o Mercado Financeiro

No acumulado de uma semana a Bolsa aqui no Brasil caiu pouco mais de 8%. Lá fora o estrago foi maior com índice europeu acumulando perdas na casa de 2 dígitos.

A justificativa para tais realizações continua sendo o temor geral pela desaceleração da economia mundial causado pela disseminação mundial do coronavírus.

Antes restrito à Ásia, cujo foco concentrava-se na China, os casos ampliam fronteiras e há casos reportados em países europeus, no continente africano e americano.

Estados Unidos que já vinham preparando a população para o momento em que a doença desembarcaria no país, teve seu primeiro caso de morte confirmado na sexta, dia 28/02 e no domingo 01/03 o segundo.

Bastou para que o temor ampliasse ainda mais. A última sexta foi tensa e contabilizou o sétimo dia seguido de pregões em queda em várias bolsas internacionais. Os trabalhos no mercado financeiro eram reflexo da preocupação crescente pelo agravamento do quadro cujo ápice foi quando a Organização Mundial de Saúde – OMS elevou o nível de ameaça da doença para Muito Alto.

A leitura do cenário forçou alguns países anunciarem ainda no final de semana pacotes de ajuda com a injeção de recursos para socorrer seus mercados, gerando liquidez a seus papeis e o valor de suas moedas. O efeito disso hoje é de discreta alta. Uma discreta correção dos mercados frente ao conjunto de esforços para conter para níveis críticos a escalada da crise.

O mundo monitorará a atividade econômica chinesa uma vez que o país demanda insumos de várias nações e também é um dos principais fornecedores mundial de produtos acabados em diversos segmentos e áreas.

O PIB da China de 2019 em 6,1% foi o pior dos últimos 29 anos e em grande parte como consequência da Guerra comercial travada com os Estados Unidos. Hoje segundo estudo divulgado pelo Bain & Company o coronavírus pode impactar em 2020 em novo recuo. Os prejuízos podem chegar a US$ 70 bilhões de dólares, equivalente a 0,5% do PIB atual.

A leitura da atividade econômica chinesa despencou e isso mostra que o caminho da desaceleração econômica não deve ser pontual. E nessa linha de raciocínio nada menos arriscado que migrar dinheiro para papéis menos arriscados. E Essa é a justificativa para a alta do dólar desde que a doença começou a propagar.

Hoje a chave para o medo está na busca por uma vacina e cientista de vários países, inclusive do Brasil, correm contra o tempo. Enquanto isso a doença rompe fronteiras e é reportada em mais países e enquanto houver dúvidas é provável que os investidores seguirão tentando afugentar seus recursos em ativos mais seguros.

As medidas de ajuda atualmente anunciadas são insuficientes para estancar o temor pela desaceleração mundial da atividade econômica. A chave para a reversão nesse ponto é o anuncio da vacina e na sequência o movimento natural de reacomodação dos mercados frente a retomada das atividades econômicas.

Na contabilidade desse início de semana, Portugal, Monaco, Arábia Saudita e Irlanda anunciaram seus primeiros casos da doença. França anunciou mais 2 mortes e hoje o museu do Louvre amanheceu fechado e algumas atividades culturais estão sendo canceladas.

Coréia do Sul, segundo pais em registro de casos contabilizava até a manhã dessa segunda-feira 4.335 casos e 26 mortes.

A Itália que até domingo registrava 1.694 casos confirmados, contabilizava 34 mortes.

Japão que reporta pelo menos 200 casos da doença, anunciou a injeção de $2,5 bilhões de dólares e pediu a seus cidadãos que ajudem no combate da doença. Além disso pediu que grandes eventos fossem adiados. Em paralelo determinou fechamento das atividades escolares e ajuda aos pais dos estudantes que precisarem ficar em casa.

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